Palermice de Bacalhau

Maio 30, 2008

Liberdade Salarial

Filed under: Economia,Política,Portugal — Rui Cabral @ 11:54 am

As declarações sobre os salários de gestores são altamente incompreesiveis.

Eu, como accionista de uma empresa ou contratante, tenho poder de escolher se pago 500 ou 5000 porque no fundo tenho o poder de escolher o que faço com o meu dinheiro. A unica coisa que os políticos podem, caso queiram, é taxar esses rendimentos e podem inclusivamente ter uma taxa marginal de IRS de 100% para valores extremamente elevaodos.

Mas não o querem fazer, preferem pressionar as empresas deste modo do que tomar acções.

Defendo a liberdade salarial com um tecto mínimo, o salário minimo nacional. Caso os políticos desejem colocar um tecto máximo, estão à vontade, mas não pressionem, façam!

Maio 29, 2008

Misturar alhos com bogalhos

Filed under: Economia,Política,Portugal — Paulo Rosário @ 5:22 pm

Quando os jornais começam a falar em números é quase certo que vão misturar alhos e bogalhos, fala-se de confiança como se fosse uma ciência certa. No entanto o número que mais confusão me faz é o endividamento das familias. O número é lançado para o ar, os portugueses gastam mais 30% do que ganham. E daí? Bem diz o João Miranda que é uma decisão individual. E ao contrário do que muitos pensam não é um problema, façamos as contas: O “António” ganha 15 000 euros ao ano, e acha a casa da sua vida por apenas 30 000 euros! Decide pedir um empréstimo, que paga ao banco uns 50 euros por mês. A verdade é que o António ficou “extremamente endividado”, ganha 15 000 euros e deve 30 000, ou seja deve 200% do seu rendimento! Um irresponsável.

A situação seria gravosa se o endividamento não fosse na grande maioria dos casos para a compra de bens duradouros, mas e mesmo assim, seria uma decisão de cada um.

Como podem ver na imagem a situação de Portugal não é muito diferente de outros países, e os irresponsáveis da Dinamarca devem duas vezes e meia aquilo que ganham.

Dupla Personalidade

Filed under: Política,Portugal — Rui Cabral @ 10:25 am

Considero o Francisco Louçã um dos melhores políticos de sempre. No entanto eu sei, como ele sabe, qual é o seu (e o do Bloco de Esquerda) papel na sociedade portuguesa e esse não é de Responsabilidade e exigência.

Tenho um enorme apreço por Manuel Alegre, mas confesso que parece-me que ele se perdeu e anda atrás de uma economia de estado em vez de uma economia de mercado com preocupações sociais. Na verdade, o apreço que tenho por Manuel Alegre tem diminuído após atingir o expoente máximo na candidatura contra sócrtes (para secretário geral do PS) e na candidatura a presidente da republica. Na verdade decepciona-me uma pessoa que não toma as acções no local que deve tomar, que é na Assembleia da Republica, e depois venha passar esta imagem que é contra o que se está a passar.

Existem dois Manueis Alegres, o do Bloco de Esquerda e o do PS. Um vive na Assembleia da Republica e o outro vivem em debates. Gosto do Manuel Alegre inconformado do PS e não do BE.

João Rodrigues acredita que o “pensamento único” neoliebral é antónimo da resposabilidade democrática e que acreditar no mercado é pensamento único. Os partidos de hoje não se diferenciam por acreditar ou não no mercado, mas sim na forma como acreditam que o governo servirá melhor o país. Acreditar que todos, menos os Bloquistas, querem a desigualdade e injustiça é acreditar numa política dos bons e dos maus sem qualquer ideologia, sem ideias e opiniões e isso sim é recorrer ao pensamento único.

Yes we Can

Filed under: Internacional,Política — Rui Cabral @ 12:37 am

Maio 28, 2008

Sindroma da rede sem peixe

Filed under: Economia,Política,Portugal — Rui Cabral @ 2:29 pm

Esta história dos pescadores pretenderem preços mais baratos de gasolina para a sua actividade faz tanto sentido como uma empresa pedir ao estado para pagar menos impostos nos automoveis que compra, ou na electricidade que consome ou, no limite, nos trabalhadores que emprega.

Não faz sentido beneficiar um sector apenas porque este tem dificuldades, relembro que parte das dificuldades advêm da pesca excessiva que é efectuada há decadas. Hoje custa muito “ir ao mar” e o peixe que se trás é pouco provocando o Síndroma da rede sem peixe.

O grande pecado do Estado é o de não investir na monitorização das espécies e não o se recusar a baixar impostos.

Outro problema que existe no meio dos pescadores é que a média de trabalhadores neste grupo que não desconta para a segurança social é superior à média nacional e quando pensam que ficam sem “ganha pão” toca de pedir ajuda a quem nunca quiseram nem se preocuparam em ajudar: O resto do país.

Aos pescadores o meu conselho, se antigamente o custo da pesca por quilo de peixe era mais barato aumentem os preços. Se o custo é superior em 50% que se aumente o preço do quilo em 50%, ou menos se tiverem dispostos a diminuir a margem.

Finalmente o Supremo Juízo

Filed under: Justiça,Política,Portugal — Rui Cabral @ 12:36 am

Finalmente alguém põe fim a esta vergonha e acaba com este adiamento abusivo da entrega da criança.

Nem com doações do Filipe la Féria, nem com habeas corpus arranjados pela Maria Barroso… Neste momento só um novo adiamento do prazo de entrega da menor é que poderá protelar esta situação ridicula e unica num Estado de Direito. Esperemos agora que a Juíza do processo em Torres Novas tenha o bom senso do Supremo Tribunal de Justiça.

Maio 27, 2008

A culpa é sempre de outro

Filed under: Política,Portugal — Rui Cabral @ 6:56 pm

A culpa é sempre do outro, e Sócrates não ia quebrar a tradição.

Se pior era impossível o PS só tem de mostrar que é facil fazer melhor e não ceder à “facilidade e demagogia”

Ofereço dinheiro

Filed under: Economia,Internacional,Política,Portugal — Paulo Rosário @ 2:11 pm

É como o nosso presidente e 95% dos taxistas, acredita que o preço do petróleo é puramente especulativo? É a favor dos transportes públicos e chora quando estes finalmente recebem o maior incentivo da história? Então ganhei dinheiro! Venda futuros de petróleo, é fácil, estará a vender petróleo ao dia de hoje para mais tarde pagar com o preço desse dia. Como o petróleo “não pode ficar assim para sempre”, não está a arriscar nada. Não me precisa de agradecer.

Agora, se acreditam mesmo que isto é puramente especulativo e não vendem petróleo das duas uma: ou me explicam porque não querem ganhar dinheiro, ou por favor, calem-se.

Como é óbvio, esta entrada também se aplica aqueles que vaticinam o petróleo a 200 dólares, basta trocar a palavra vender por comprar.

Emperor Sarkozy

Filed under: Internacional,Política — Rui Cabral @ 1:36 pm

Nicolas Sarkozy vive numa França que não conheço. É presidente de uma França que não consegue tomar medidas correctas e que tenta que todos os outros a sigam nas medidas erradas que consegue introduzir.

Nicolas Sarkozy quer mexer na economia como quem mexe nos impostos, decidir quem compra que empresa, mas agora quer também mexer nos impostos dos outros países como mexe nos seus. Após muitas esperanças depositadas neste presidente, a verdade é que é uma decepção.

 

O respeitinho é bonito – A lei da rolha

Filed under: Política,Portugal — Paulo Rosário @ 9:57 am

A comissão nacional de eleições (CNE) é responsável por algumas das leis mais estúpidas de Portugal, a começar pelas sondagens apenas às oito da noite. Durante uma hora (das 19 as 20) estamos habituados a ouvir os comentadores a comentar sem usarem toda a informação que têm, a fingir que não sabem já o resultado das sondagens. Aberração apenas comparável ao grande dia de reflexão, durante quinze dias o país vive de políticos na rua e nomes nos jornais, e de repente, num dia, tudo se cala. Parece que o mundo que antes existia deixou de o ser. Um silêncio estúpido, e mesmo anti-democrático. Agora o CNE quer oficializar esse dia e regulamentar as notícias, regulamentado um dia ficam a faltar 364. Porque não regulamentar dois dias antes? Afinal as pessoas não decidem tudo num dia. E três? Já agora, 365.

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