Sobre a abertura das sociedades, a não perder o Rui Tavares:
Junho 5, 2008
Junho 4, 2008
Post pretensioso como tanto outros
À esquerda os livros que estou a ler, à direita os que conto começar a ler nas próximas semanas. Fica sempre bem citar o Almada Negreiros:
“Entrei numa livraria. Puz-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam, não duro nem para metade da livraria. Deve haver certamente outras maneiras de se salvar uma pessoa, senão estarei perdido.”
Claro que falta ainda o projecto de uma vida, na sua vertente megalómona.
Este post, como todos os posts pretensiosos serve para picar alguém.
Sobre os grandes salários
Ana Maria Fernandes estava a viver até há poucas horas grandes dias. Primeira mulher a ser CEO (ao que parece) de uma empresa do PSI-20. A clareza do mercado exige que o rendimento que a senhora aufere seja público, e são 384 mil euros ao ano. É muito? É a oportunidade da vida dela, uma gestora em topo de carreira, consegue finalmente chegar a este patamar milionário só ao alcance de alguns. Ou não. Deve ganhar menos que um jovem sarrafeiro de 24 anos chamado Binya.
Junho 3, 2008
Pequenino é que é bom
Em mais variadas conversas é recorrente o elogio do pequeno. Qualquer aspirante a politico fala da importância das micro e pequenas empresas e da sua importância estratégica. Pergunto: Quantas micro e pequenas empresas conhecem que não sejam Portuguesas? Infelizmente a justificação deve estar no âmbito de Freud.
Agora nas pescas insurgem-se alguns iluminados contra o peixe espanhol, que por coincidência é o mesmo que o português. Aponta-se as pescas como sector tradicional, na lógica do que é pequeno é bom. Mas não é.
Tal como o azeite da vizinha nunca poderá ser melhor que o azeite de empresas sérias. O mesmo para o vinho, qualquer macaco em Portugal com hectare e meio de vinha pensa que tem o melhor vinho do mundo. Mas se Portugal é alguma coisa no mundo do vinho de hoje em dia (e saibamos que ainda não é muita coisa) é pelo surgimento de empresas grandes como a Sogrape e não de pequenos macacos nas suas vinhas de hectare e meio.
Junho 2, 2008
Strangers on a train – Post a pedido – 100 euros não é caro
Pede um leitor, e amigo, um post sobre o preço de 100 euros previsto para a viagem Madrid-Lisboa. Pede bem, e em altura oportuna. Ainda hoje Krugman publica no seu blogue sobre o afastamento dos europeus dos comboios. Os números, como podem ver com o Krugman, mostram bem as diferenças que se acentuaram desde os anos oitenta. Os europeus usam pouco os comboios, principalmente no transporte de mercadorias. E se em alguma coisa funcionar o TGV vai ser no transporte de mercadorias. Não podemos querer ser eficientes ecologicamente/economicamente/socialmente e ignorar os comboios.
Mas e mesmo assim, em transporte de passageiros, 100 euros não é caro. Fala o nosso leitor, e relembro amigo, que os bilhetes de avião estão a 89 euros ida-e-volta, no entanto isso não é o preço médio mas “o melhor que se arranja”, como poderão ver na noticia teremos possivelmente bilhetes a dez euros para Madrid pelo que não estamos a comparar o mesmo número.
Finalmente para aqueles que acreditam na futura escalada do preço do petróleo, que não é o meu caso, o comboio promete mais por ser mais insensível aos custos do petróleo.
Aprendendo com Octávio Machado
“Como explica a redução do IVA?
Há quem diga que a medida não foi pacífica dentro do Governo.“
João Salgueiro
Porque razão é tão difícil em Portugal responder a uma pergunta? Porque se lançam suspeições vagas a cada segundo em vez de se falar claro. Será a famosa falta de cojones?
Maio 31, 2008
Pela concorrência, quando interessa
Os pescadores portugueses que usam barcos ingleses, com motores alemães e redes marroquinas, que pescam em águas internacionais e vendem orgulhosamente bacalhau norueguês ficaram hoje indignados por se vender peixe espanhol na praça, como aliás se deve vender em todos os outros dias, é a mentalidade europeia que temos.
No fim até vi um pescador defender a ASAE por o peixe não poder ser vendido em caixas de madeira (ao contrário do que sucede em Espanha). Estranho mundo onde os que querem acabar com um monopólio (da GALP) acham que a melhor maneira é criar o seu próprio, o das pescas.